sábado, 26 de janeiro de 2013

ADAPTAÇÃO ESCOLAR SEM MISTÉRIO



Rafael tem 14 anos e vai para uma nova escola cursar o último ano do ensino fundamental II. Já passou por outras escolas e está ansioso com as novidades. Sua maior preocupação é se vai conseguir fazer amigos. No primeiro dia, sente-se perdido e isolado. Mas no segundo dia já se aproxima de alguns alunos e começa a fazer amizades.
Diogo tem 6 anos e vai para o primeiro ano do ensino fundamental. Sua avó o leva até a escola no primeiro dia e ele está ansioso e medroso. Então ela lhe conta sobre o primo Rafael, sobre seus medos e inseguranças e como ele encontrou amizades mais rapidamente do que esperava. Diogo escuta muito atento e, ao final, pede: "Vovó, conta de novo?" E a avó repete a história algumas vezes até chegar à escola.

SENTIMENTOS CONTRADITÓRIOS

O que faz Diogo se identificar com o primo Rafael é perceber que a insegurança e o receio diante da novidade não é um sentimento exclusivo dele. É algo comum e que pode ser superado de maneira muito mais fácil e rápida do que ele pensa. Todos nós nos sentimos inseguros diante de mudanças! Alguns sofrem e fazem de tudo para que sua rotina nunca se modifique. Outros adoram a excitação que acompanha estes períodos. A maioria de nós transita entre estes dois extremos. Mas as mudanças, inevitavelmente, geram sentimentos contraditórios!
Para ajudarmos os pequenos nesta fase de adaptação, talvez a coisa mais importante e fundamental seja a confiança que transmitimos à criança de que a escola é o melhor lugar onde ela pode e deve estar, onde encontrará coisas novas para fazer, pessoas diferentes para se relacionar. Quanto mais valorizamos e damos ênfase à importância da escola, quanto mais eles nos ouvem falar bem dela, mais eles terão confiança de que a escola tem coisas boas a lhe oferecer!
Porém, sempre podemos pensar naqueles procedimentos básicos que apesar de sabermos, temos a tendência de esquecer ou ignorar.

HORÁRIOS

Seja qual for o horário da criança ir para a escola, uma das coisas que gera um grande conforto é chegar cedo e sem correria. E infelizmente, quando criamos uma rotina, muitas vezes incluímos o estresse e a ansiedade sem perceber. Portanto, atente-se para levantar da cama e acordar as crianças num horário que seja compatível com o que é preciso fazer de manhã antes de ir à escola. E procure perceber que os filhos são diferentes entre si. Tem aquele que desperta e pula da cama ao menor chamado e tem aquele que vira de lado, que chora, que resmunga e não quer levantar. Não adianta tentar fazer o segundo levantar correndo. Ele vai precisar de mais tempo e são os pais que devem administrar a necessidade de cada um.
Também, para as crianças que vão para a escola no período da tarde é preciso prestar atenção com o horário e isso envolve a importante refeição do almoço. Se a criança tiver que comer correndo e sob pressão, não só o alimento não será bem digerido, quanto o estresse gerado vai prejudicar seu aproveitamento na escola. Portanto, programe-se e planeje uma rotina tranquila para a saída.

ALIMENTAÇÃO E SONO

Tão importante quanto estar na escola no horário correto, é estar bem alimentado e bem descansado. Crianças que dormem pouco à noite, independentemente se estudam de manhã ou à tarde, tendem a apresentar pouco rendimento escolar! De 8 a 10 horas de sono é o ideal para quase todas as faixas etárias, mas mais importante que um padrão, é a observação que você faz de seus filhos, procurando perceber qual a real necessidade de sono de cada um, naquela fase específica em que está vivendo.
A alimentação é outro fator fundamental e isso envolve também o lanche que mandamos ou que a criança compra na escola. Evite sempre os alimentos industrializados, refrigerantes e doces, dando preferência às frutas e aos sanduíches caseiros. Em casa, esforce-se por manter um horário adequado para que as refeições principais não fiquem muito próximas da hora de dormir e se a crianças almoça antes de ir pra escola, que seja uma refeição leve. Cuidados básicos com este aspecto revertem em um aluno mais concentrado e disposto!

HORA DE VOLTAR PRA CASA

Talvez nada gere mais estresse numa criança do que se sentir "esquecida" na escola! Se você tem dificuldade de buscá-la no horário correto, devido à sua rotina ou ao trânsito sempre tão imprevisível, considere a possibilidade de contratar um transporte escolar. Se isso não for possível, converse claramente com seu filho, previna-o que os atrasos podem acontecer e garanta a ele que pode esperar tranqüilo, que você chegará! Às vezes esquecemos que um breve diálogo deste tipo pode fazer toda a diferença quando a criança precisa esperar!
Cuidando destes detalhes e transmitindo segurança e confiança à criança, a escola sempre será um importante aliado dos pais na educação e no cuidado com os filhos!
Katia Leite
Texto extraído do site:
http://www.personare.com.br

domingo, 20 de janeiro de 2013

Como explicar tanta violência às crianças?


Como explicar tanta violência às crianças? Falando abertamente, ensinando o que é certo e errado. A psicóloga especialista em terapia familiar Renata Lommez, dá dicas para esclarecer o assunto a seus filhos e transformar esse caos em lições de cidadania para tornar o mundo melhor. Acredite, isso está nas mãos dos nossos filhos!

O que tirar de bom das situações negativas

 . Veja com seu filho os noticiários e os jornais. Assim, você tira as dúvidas dele, evitando que o pequeno se informe só com colegas, que podem confundi-lo;

. Explique o que é direito e dever. Manter-se dentro das leis, tratar as pessoas com igualdade e pensar no próximo é fundamental na vida;

. Leve-o para visitar escolinhas ou creches de pessoas menos favorecidas. Assim ele descobre que existem muitas realidades e diferenças, e que, se todos tivessem oportunidades iguais, a violência com certeza seria menor.

Violência é sempre errado!

Exemplo começa em casa
Marido e mulher devem conversar em tom calmo. Começou uma discussão? Vá com ele para longe das crianças.

Respeito em qualquer situação
Ensine sem xingar ou bater. Fale que todo ato tem consequências. E nada de falar para o pequeno revidar uma agressão com um tapa no agressor.

Corrupção, jamais!
Mentir, colar na prova, roubar não são “coisa de criança”. É errado. Mostre que a prisão de bandidos é consequência de atos errados deles.

Em cada idade, uma boa lição a dar

3 a 5 anos: brigas com coleguinhas ou irmãos por causa de brinquedos
Olhe nos olhos dele e diga para emprestar o brinquedo, pois um dia pode precisar de algo emprestado do amiguinho. Incentive a troca.

5 a 8 anos: competição excessiva no futebol ou em aulas de dança
Explique que todos têm oportunidades. Esporte é atividade coletiva, é preciso aprender a jogar de forma solidária.

8 a 11 anos: situações de bullying (perseguição) na escola
Pergunte ao seu filho: você queria passar por isso? O bullying prejudica muito a criança - tanto quem pratica quanto quem sofre.

11 a 15 anos: brigas, gritos e até violência contra os pais
O filho pode pensar o que quiser, ter opiniões diferentes, mas gritar e ser violento, não! Dê liberdade para que mostre suas opiniões sem o reprimir, mas, sobretudo, exija respeito.

Artigo extraído do site:
http://mdemulher.abril.com.br/familia