sábado, 31 de julho de 2010

Férias: cuidado com poucas horas de sono





Férias escolares é tempo de relaxar, brincar mais e consequentemente ter menos horários e sair da rotina. Muito bom e necessário para todo mundo.

Mas para que essas mudanças não prejudiquem as crianças é necessário tomar alguns cuidados.

Segundo Paulo Plaggert, neurologista do Hospital Infantil Darcy Vargas, é necessário ficar atento a quantidade de horas dormidas. A falta de um período regular de descanso pode desencadear problemas metabólicos como crises de dor de cabeça. Segundo o médico, a indicação é dedicar em média oito horas para o sono. Entretanto, o ideal é que a criança durma um período suficiente para o descanso.

"A falta de horário para dormir nas férias atrapalha a vida de uma criança, pois pode levar a não realização de todas as refeições diárias, o que não é bom para o organismo infantil", afirma.

Além disso, maus hábitos familiares podem prejudicar a qualidade de sono infantil. Plaggert recomenda manter um ambiente tranquilo, onde a criança não divida o quarto com os adultos, não durma na mesma cama dos pais e nem fique com a televisão ligada ou a luz acesa até tarde da noite. "As determinações de regras e de limites são essenciais para um filho", ressalta.

Volta às aulas

Com o período de férias terminado, as crianças têm que voltar a ter a rotina mais rígida e para que não seja feita de forma muito brusca, o que pode trazer problemas como déficit de atenção e assim comprometer o rendimento escolar, Plaggert orienta que os pais reservem de uma semana a 10 dias para realizar a readequação da rotina das crianças. "O ideal é adiantar gradativamente a hora de dormir e de acordar até chegar ao horário regular de sono em período escolar".

Texto extraído do site:
 
http://vilamulher.terra.com.br/
 

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amizade



Para acrescentar as postagens relacionadas sobre amizade, deixo uma linda mensagem de Paulo Coelho que dispensa apresentações.


Era uma vez um homem pobre mas corajoso que se chamava Ali. Trabalhava para Ammar, um velho e rico comerciante.

Certa noite de inverno, disse Ammar: “ninguém pode passar uma noite assim no alto da montanha, sem cobertor e sem comida. Mas voce precisa de dinheiro, e se conseguir fazer isso, receberá uma grande recompensa. Se não conseguir, trabalhará de graça por trinta dias”.

Ali respondeu: “amanhã cumprirei esta prova”.

Mas ao sair da loja, viu que realmente soprava um vento gelado, ficou com medo, e resolveu perguntar ao seu melhor amigo, Aydi, se não era uma loucura fazer esta aposta.

Depois de refletir um pouco, Aydi respondeu: “vou lhe ajudar. Amanhã, quando estiver no alto da montanha, olhe adiante. Eu estarei também no alto da montanha vizinha, passarei a noite inteira com uma fogueira acesa para voce. Olhe para o fogo, pense em nossa amizade, e isso o manterá aquecido. Você vai conseguir, e depois eu lhe peço algo em troca.”

Ali venceu a prova, pegou o dinheiro, e foi até a casa do amigo: “voce me disse que queria um pagamento.”

Aydi respondeu: ”sim, mas não é em dinheiro. Prometa que, se em algum momento o vento frio passar por minha vida, acenderá para mim o fogo da amizade.”

Mensagem retirada do site:




Amizades de longa data





Após ter postado o artigo sobre "Amizade imaginária" coloco aqui este artigo sobre amizade real, amizade nossa de cada dia e algumas até o fim de nossas vidas.


Por Marcelo Guerra

Segundo um amigo, a vida é como rapadura: é doce, mas não é mole, não!

Nos momentos mais duros, em que precisamos de um ombro amigo, muitas vezes é a um amigo de infância que recorremos. O que torna tão especial uma amizade que foi construída há tantos anos? Numa olhada superficial, o fato da longa duração da amizade de infância já a torna especial. Mas há algo mais, muito mais!

Na metodologia do trabalho biográfico, estudamos o desenvolvimento do ser humano com um viés evolutivo, em que cada um vai tomando contato e expressando cada vez mais a sua essência, o que se chama "individuação". Nesta metodologia, dividimos didaticamente a vida em períodos de sete anos, os chamados "setênios". No primeiro setênio, de 0 a 7 anos, a criança tem uma dependência e ligação quase exclusiva de sua família. No segundo setênio, de 7 a 14 anos, a criança divide essa ligação com a escola. Ela vive em dois mundos diferentes, a casa e a escola. Ela depende dos cuidados e autoridade dos pais e das professoras e professores.

Buscando identificação

É neste segundo setênio que a criança aprende a criar amizades, encontrando outras crianças que têm os mesmos interesses. Através dessa identificação, a criança cria um vínculo que ela escolheu e torna-se amiga de alguém. Um amigo que vai escutar suas reclamações sobre seus pais, suas dificuldades com os outros colegas, suas alegrias simples, suas brincadeiras.

Quando temos um amigo pela primeira vez, criamos uma nova imagem do que são os limites. Se até então, os limites eram impostos pelos pais e/ou professores, agora os limites são parte de um acordo explícito ou implícito entre dois amigos, porque não queremos magoar um amigo nem ser magoados por ele. Este é o germe do respeito que deve haver em todos os relacionamentos. E que levamos para a vida adulta para desenvolvermos no respeito entre colegas de trabalho, no respeito na vida amorosa e por aí vai...

Nesta fase, a criança ainda vê o mundo sem as lentes das ideologias (que ela vai buscar no próximo setênio, durante a adolescência) e pode ver o mundo de uma forma ingênua, mais carregada de fantasia, experimentando-o e saboreando-oo de uma forma própria. A adolescência simboliza a queda do paraíso, em que as fantasias e essa visão ingênua dão lugar à crítica e à divisão. Na vida adulta, quando nos defrontamos com situações mais duras, o amigo de infância é aquele porto seguro, o que traz aconchego e confiança, que nos permite dissolver essa dureza e perceber novamente a doçura da rapadura que é a vida.

Texto extraído do site:

http://www.personare.com.br/


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amizade imaginária é benéfica




Você já encontrou uma criança que brinca com alguém que não existe? Já ouviu seu filho, sobrinho ou vizinho contando histórias mirabolantes de um amigo íntimo que ninguém mais enxerga? Muitos pais passam por experiências semelhantes, mas não há motivo para se preocupar: os amigos invisíveis ou imaginários, geralmente, são parte da fantasia de crianças de dois a seis anos e, segundo especialistas, até ajudam no desenvolvimento social e emocional dos pequenos.

Quando tinha dois anos, Giovana Galvão, hoje com quatro, conheceu Elvis, um amiguinho do qual não se desgrudou durante pelo menos um ano e meio. Compartilhava cada momento da rotina com o companheiro. Ele visitava a casa dos avós, fazia as refeições, dormia e até viajava para o litoral com ela. A diferença entre Elvis e os demais coleguinhas de Giovana é que o amigo é fruto da imaginação da garotinha, ainda que projetado no boneco Elmo, da série de TV Vila Sésamo. Ela mesma batizou o amiguinho com o nome de Elvis. Segundo a mãe da pequena, Fernanda Galvão, a intensidade da fantasia diminuiu após o nascimento do irmãozinho.

– Ela se empenha em nos ajudar com o irmão, por isso o Elvis tem ficado de lado. Mas, vira e mexe, ela volta a brincar com ele – conta a mãe.

De acordo com a psicóloga Janaína Couvaneiro, os amigos imaginários podem surgir de duas formas: como companheiros invisíveis, com os quais apenas as crianças “convivem”, ou projetados em objetos, como Elvis, o amigo-boneco de Giovana. Embora ajam como se o amigo imaginário ou invisível realmente existisse, os pequenos, no fundo, entendem que se trata de uma fantasia.

Janaína afirma também que a relação com o amigo imaginário, quando surge de forma natural, é saudável e permite que as crianças demonstrem o que estão sentindo em relação à vida real.

– Pode ser um modo positivo e criativo que a criança encontrou para lidar com o seu mundo de sonho e fantasia – explica a profissional.

De acordo com a psicóloga, os amigos frutos da imaginação são usados pelos pequenos para administrar sentimentos como a raiva, a inveja e a frustração. Além disso, ter um companheiro inventado é vantajoso para a autonomia da criança.

– Ele está sempre disposto a fazer o que ela quer – acrescenta Janaína.

Dos dois aos quatro anos, segundo a especialista, a criança passa por uma fase de encantamento, propícia a criar novas e surpreendentes situações. É comum que os amigos de mentirinha durem até os seis anos, mas algumas crianças prolongam a fantasia. A psicóloga garante que, a princípio, os pais não devem se preocupar com a duração dessa fase.

– Mas se continuar na chamada segunda infância, após os seis anos, é interessante procurar um especialista – recomenda.

A compreensão dos pais é essencial para que a fantasia das crianças seja benéfica. Segundo a especialista, lutar contra a amizade imaginária e contrariar a brincadeira dos filhos só vai frustrá-los e fazer com que se sintam diferentes e isolados. Embora não participem diretamente da fantasia, os pais podem incentivar, por exemplo, colocando um pratinho de comida ao lado para o amigo imaginário, mas somente se o filho pedir.

Texto extraído do site:




terça-feira, 27 de julho de 2010

Quem morreu? Como é morrer?




Por Kátia Regina Beal Rodrigues

Outros dois conceitos citados por Piaget que parecem fundamentais para o desenvolvimento do conceito de morte são a não-funcionalidade e a universalidade. A não-funcionalidade diz respeito à compreensão de que as funções vitais cessam na morte, enquanto a universalidade tem a ver com a compreensão de que todas as coisas vivas morrem, ou seja, de que a morte é um evento inevitável (Nunes, et all, 1998).

Wass (1989) citado por Bromberg (2000) identifica a relação dos componentes irreversibilidade, não-funcionalidade e universalidade com o conceito de morte. Ela constata a existência de três etapas: na primeira (até 5 anos) não há noção de morte definitiva, sendo esta compreendida como separação ou sonho e como um evento gradual e temporário. Na segunda etapa (5 a 9 anos), há uma forte tendência a personificar a morte, que é percebida como "alguém" que vem para levar as pessoas. É compreendida como irreversível, porém evitável, e também, como algo que acontece a todos e, sobretudo a ela mesma. Somente na terceira etapa (9 a 10 anos), a criança reconhece a morte como cessação das atividades do corpo e como inevitável.

Reforçando o conceito de personificação, Kübler- Ross (1998) afirma que crianças consideram a morte como um homem ou um lobisomem que vem para levar as pessoas. A morte está ligada a uma ação má, a um fato medonho, a algo que clama por recompensa ou castigo. "Os conceitos de irreversibilidade, não-funcionalidade, universalidade e personificação estão relacionados com o nível de desenvolvimento cognitivo. Em geral, parece que a maioria das crianças saudáveis têm o conceito de morte entre os 5 e 7 anos, visto que é nesta idade que a maior parte delas faz a transição do pensamento pré-operacional para o operacional concreto. Entretanto, a cultura pode exercer grande influência na formação dos conceitos em geral e do conceito de morte em particular". (NUNES, 2004, p.16).

IMPACTOS DO LUTO INFANTIL

Segundo Bromberg (2000, p. 60) o luto infantil é frequentemente considerado um fator de vulnerabilidade a muitos distúrbios psicológicos na vida adulta. Esses distúrbios vão desde a excessiva utilização de serviços de saúde, por tê-la com frequência debilitada, até aumento no risco de distúrbios psiquiátricos.

Bowlby (1981) citado por Bromberg (2000) diz que a curto prazo, ainda na infância, há visíveis consequências da perda com má resolução. Alguns dos traços da má elaboração são muito semelhantes aos encontrados em casos de luto de adultos, ou então, de ausência de luto, como ansiedade persistente, medo de outras perdas (principalmente de um dos pais), medo de morrer também, esperança de se reunir ao morto, desejo de morrer, culpa persistente, hiperatividade, cuidados compulsivos, euforia e despersonalização. "A intensidade com que esses traços vão tomar forma está estreitamente vinculada às condições do ambiente, quanto a serem favoráveis ou não a um curso saudável do luto. É importante assinalar que, as condições do funcionamento familiar contribuem para a qualidade da elaboração do luto". (BOWLBY, 1981 citado por BROMBERG, 2000).

Bromberg (2000) acrescenta que para o psiquismo infantil a relação com a pessoa morta dá o tom quanto a uma evolução adequada ou não para a experiência da perda e a resolução do luto.

As questões de enlutamento, à medida que afetam o comportamento da criança, mudando o curso de seu desenvolvimento devem ser avaliadas com extremo cuidado, para que possa ser delineada a intervenção necessária. Se a elaboração do luto não for feita adequadamente, poderá causar sérios comprometimentos a curto e a longo prazo. A conclusão de uma conversa franca com uma criança, sobre a morte, sem medo, tem sempre um tom positivo, só o fato de estar perto, falando a respeito e ouvindo, já é positivo. Todos os seres humanos aceitam a morte de uma forma singular. Devemos respeitar, no mínimo, a maneira que as crianças encontram para superar o momento da morte. Elas têm perguntas e buscam o conhecimento, e nós, adultos que muitas vezes, acreditamos que sabemos muito, ouvimos delas as melhores respostas para as perguntas que não saberíamos responder

Texto extraído do site:



Participação de avós em educação beneficia crianças





Por Michelle Vargas

Não é nenhuma novidade, nem nada que saia do senso comum. Mas trata-se, também, de uma verdade cientificamente comprovada: a participação dos avós na educação das crianças tem inúmeros benefícios e reflete-se no seu equilíbrio e bem-estar. Uma boa coisa a ser lembrada neste dia 26 de julho, Dia da Avó! Já deu um abração e um beijo gostoso na sua hoje?

Pesquisadores da Universidade de Oxford estudaram, em 2008, os efeitos da proximidade dos avós na vida dos netos e concluiu que essa relação é benéfica para as crianças e cada vez mais comum diante da atribulada rotina de trabalho dos pais.

A coordenadora do estudo, Ann Buchannan, declarou que o mais interessante foi identificar a ligação entre a presença dos avós e o bem-estar das crianças.

De acordo com estudo só proximidade não basta. Apenas os avós que participaram de verdade na educação é que provocaram um impacto positivo em seus netos

Para Renata Maransaldi, psicóloga e colaboradora do Instituto de Psiquiatria do hospital das Clínicas de São Paulo, é importante analisar cada caso, cada lar.

“Existem as avós que suprem o papel dos pais, seja pelo divórcio, seja pela rotina e tem aqueles que são os avós típicos: brincam, mimam, permitem que as crianças façam o que os pais não deixam”, explica.

A aposentada Beatriz Pinho, 80 anos, foi além. Ela educou seus dois filhos, cuidou de todos seus quatro netos e hoje ajuda a cuidar da bisneta, de um ano e meio.

“Claro que é sacrificante, mas tem suas recompensas. Cuido da minha bisneta porque minha neta mais velha mora sozinha, se divorciou e trabalha em outra cidade. Não tenho mais a mesma energia, mas faço pelo bem das duas”, afirma.

Divórcio

Os pesquisadores acompanharam mais de 1,5 mil crianças e adolescentes, de 11 a 16 anos, cujos avós substituíam os pais na realização de algumas tarefas diárias.

Eles observaram que os avós foram muito importantes ao ajudá-los a superar dificuldades do dia-a-dia, como implicância de colegas da escola, aconselhá-los sobre qual universidade escolher e planejar o futuro.

O estudo apontou também que os avós podem ajudar as crianças em épocas de separações dos pais. Elas os ajudam a superar traumas, como o divórcio, e trazem estabilidade a toda família.

Segundo Maransaldi o importante é que os avós saibam seu papel e não interfiram na educação dos pais. “Muitas avós se dispõem a ficar com os netos para que eles não fiquem aos cuidados de pessoas estranhas à família. Mas é necessário que essa relação seja estruturada , debatida com os pais também”, alerta a psicóloga.

Texto extraído do site:



 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dia dos Avós




O papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos, e muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.

As avós são também chamadas de "segunda mãe", e os avôs, de "segundo pai", e muitas vezes estão ao lado e mesmo à frente da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência e com certeza um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.

Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.


Texto extraído do site:




Música e dança no Desenvolvimento Infantil



Por Lindací Alves de Souza Scagnolato

A educação deve ser vista como um processo global, progressivo e permanente, que necessita de diversas formas de estudos para seu aperfeiçoamento, pois em qualquer meio sempre haverá diferenças individuais, diversidade das condições ambientais que são originários dos alunos e que necessitam de um tratamento diferenciado. Neste sentido devem-se desencadear atividades que contribuam para o desenvolvimento da inteligência e pensamento crítico do educando, como exemplo: práticas ligadas a música e a dança, pois a música torna-se uma fonte para transformar o ato de aprender em atitude prazerosa no cotidiano do professor e do aluno.

A criança precisa ser sensibilizada para o mundo dos sons, pois, é pelo órgão da audição que ela possui o contato com os fenômenos sonoros e com o som.

Quanto maior for a sensibilidade da criança para o som, mais ela descobrirá a sua qualidades.

Portanto é muito importante exercitá-la desde muito pequena, pois esse treino irá desenvolver sua memória e atenção. FARIA (2001), define que a música é um importante fator na aprendizagem, pois a criança desde pequena já ouve música, a qual muitas vezes é cantada pela mãe ao dormir, conhecida como 'cantiga de ninar. Na aprendizagem a música é muito importante, pois o aluno convive com ela desde muito pequeno.

A música quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta tão rica atividade educacional dentro das salas de aula.

A música e a dança atuam no corpo e desperta emoções, neste sentido ela equilibra o metabolismo, interfere na receptividade sensorial e minimiza os efeitos de fadiga ou leva a excitação do aluno. Para STABILE citado por ESTEVÃO (2002, p. 34) "a música e a dança permitem a expressão pelo gesto e pelo movimento, que traz satisfação e alegria. A criança aprende e se desenvolver através dela".

A expressão musical desempenha importante papel na vida recreativa de toda criança, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a autodisciplina e desperta à consciência rítmica e estética. A música também cria um terreno favorável para a imaginação quando desperta as faculdades criadoras de cada um. A educação pela música proporciona uma educação profunda e total. FARIA (2001, p. 24), "A música como sempre esteve presente na vida dos seres humanos, ela também sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação e recreação".

A escola, enquanto espaço institucional para transmissão de conhecimentos socialmente construídos, pode se ocupar em promover a aproximação das crianças com outras propriedades da música que não aquelas reconhecidas por elas na sua relação espontânea com a mesma.

Cabe aos professores criar situações de aprendizagem nas quais as crianças possam estar em relação com um número variado de produções musicais não apenas vinculadas ao seu ambiente sonoro, mas se possível também de origens diversas, como, de outras famílias, de outras comunidades, de outras culturas de diferentes qualidades: folclore, música popular, música erudita e outros.

As atividades musicais nas escolas devem partir do que as crianças já conhecem, desta forma, se desenvolve dentro das condições e possibilidades de trabalho de cada professor.

FARIA (2001, p. 4), "A música passa uma mensagem e revela a forma de vida mais nobre, a qual, a humanidade almeja, ela demonstra emoção, não ocorrendo apenas no inconsciente, mas toma conta das pessoas, envolvendo-as".

A música como qualquer outra arte acompanha historicamente o desenvolvimento da humanidade e pode se observar ao analisar as épocas da história, pois em cada uma, ela está sempre presente.

A música é algo constante na vida da humanidade, pode-se comprovar isto, em todos os registros da trajetória da história.

As crianças sabem que se dança música, isto é, que a dança está associada à música, e geralmente sentem grande prazer em dançar. Se os professores levarem isso em conta e considerarem como ponto de partida o repertorio atual de sua classe (os das crianças e o próprio) e puderem expandir este repertório comum com o repertório do seu grupo cultural e de outros grupos, criando situações em que as crianças possam dançar, certamente estarão contribuindo significativamente para a formação das crianças. (ESTEVÃO, 2002, p. 33),

A música na vida do ser humano é tão importante como real e concreta, por ser um elemento que auxilia no bem estar das pessoas. No contexto escolar a música tem a finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem do educando, pois ensina o indivíduo a ouvir e a escutar de maneira ativa e refletida. DUCORNEAU (1984), o primeiro passo para que a criança aprenda a escutar bem consiste em permitir que ela faça experiências sonoras com as qualidades do som como o timbre, a altura e a intensidade, depois disso, estará em posição de escuta.

A criança que consegue desenvolver pouco a pouco a apreciação sensorial, aprende a gostar ou não de determinados sons e passa a reproduzi-los e a criar novos desenvolvendo sua imaginação. A boa música harmoniza o ser humano, trazendo-o de volta a padrões mais saudáveis de pensamento, sentimento e ação.

A música afeta de duas maneiras distintas no corpo do indivíduo: diretamente, com o efeito do som sobre as células e os órgãos, e indiretamente, agindo sobre as emoções, que influenciam numerosos processos corporais provocando a ocorrência de tensões e relaxações em várias partes do corpo. Para GAINZA (1988), a música é um elemento de fundamental importância, pois movimenta, mobiliza e por isso contribui para a transformação e o desenvolvimento.

A música não substitui o restante da educação, ela tem como função atingir o ser humano em sua totalidade. A educação tem como meta desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que é capaz. Porém, sem a utilização da música não é possível atingir a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A música atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atinge a afetividade.

STEFANI (1987), a música afeta as emoções, pois as pessoas vivem mergulhadas em um oceano de sons. Em qualquer lugar e qualquer hora respira-se a música, sem se dar conta disso. A música é ouvida porque faz com que as pessoas sintam algo diferente, se ela proporciona sentimentos, pode-se dizer que tais sentimentos de alegria, melancolia, violência, sensualidade, calma e assim por diante, são experiências da vida que constituem um fator importantíssimo na formação do caráter do indivíduo.

Conclui-se que a música está ligada ao ser humano desde muito cedo e que sem ela o mundo se tornaria vazio e sem espírito.

Música é uma arte que vem sendo esquecida, mas que deve ser retomada nas escolas, pois ela propicia ao aluno um aprendizado global, emotivo com o mundo. Na sala de aula, ela poderá auxiliar de forma significativa na aprendizagem.

É necessário que os professores se reconheçam como sujeitos mediadores de cultura dentro do processo educativo e que leve em conta a importância do aprendizado das artes no desenvolvimento e formação das crianças como indivíduos produtores e reprodutores de cultura. Só assim poderão procurar e reconhecer todos os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de aprendizagem que dêem condições às crianças de construir conhecimento sobre música e dança.

Enfim, a música é um instrumento facilitador do processo de ensino aprendizagem, portanto deve ser possibilitado e incentivado o seu uso em sala de aula.

Fonte:

http://www.webartigos.com/articles/16851/1/A-Importancia-da-Musica-no-Desenvolvimento-Infantil/pagina1.html#ixzz0ukrQ8nMb




quarta-feira, 21 de julho de 2010

Professor: hora de recarregar a bateria




Por Içami Tiba


A educação escolar no Brasil ficou muito tempo em torno do seu próprio umbigo, sem se dar conta do quanto ela estava se tornando obsoleta em relação ao mercado de trabalho e ao mundo.

Dizem que é errando que se aprende. Mas a educação errou tanto e por tanto tempo e não aprendeu. Isso porque simplesmente manteve o erro em vez de corrigi-lo. A passividade do continuísmo do insatisfatório levou o Brasil ao que estamos reduzidos hoje: somos um dos últimos classificados do mundo no ranking da educação escolar, apesar de o nosso PIB estar entre as dez maiores do mundo.

Numa simples leitura, o Brasil está mais rico do que educado. Mas existe a grande massa da população que é pobre e sem a educação formal que a capacite ao trabalho mais elaborado que o braçal. Essa massa tem cinco filhos por família, gerando mais pobreza e mais exclusão, enquanto os que ganham mais de cinco salários mínimos têm um ou dois filhos por família, ou seja, acabam concentrando a riqueza.

Ultimamente os professores têm sido responsabilizados pelos pais para educarem os seus filhos, numa sobrecarga que não lhes compete. Cobra-se também uma educação perfeita, sem o mínimo de material necessário de formação atualizada, de valorização pessoal, de salário compatível com a sua importância na construção de uma sociedade saudável. Há muitas verdadeiras madres Terezas da educação nos grotões e bolsões de pobreza. Até lápis elas quebram ao meio para que mais alunos possam ao menos aprender a escrever...

Ninguém quer ser professor, muitos querem ser políticos. Até mesmo os "caçados" não abandonam a política, enquanto professores competentes abandonam suas carreiras para poderem sobreviver financeiramente.

Férias escolares

A noite de melatonina é necessária para combater o estressante dia do cortisol. As férias são necessárias para as jornadas de trabalho. E as de julho já batem nas portas dos professores. O meu maior desejo é que cada professor tivesse as férias dos seus sonhos, junto às pessoas queridas, com tudo pago, desde os preparativos até o álbum de recordações. Que descansassem as mentes com atividades lúdicas, culturais, baladas, festas, passeios, restaurantes, shows, e tudo mais que tivessem vontade na hora... Não custa sonhar, nem desejar o bem às pessoas que merecem.

Entretanto, as férias podem também ser usadas para complementação das atividades que não têm espaço no cotidiano letivo. Todos precisam nutrir seus corpos e mentes com exercícios fisiológicos e psicológicos, como andar, dormir, alimentação saudável, passear por parques, visitar museus, ir a cinemas e a teatros - tudo isso envolvendo principalmente os filhos no que for possível.

Praticar a filosofia de vida da ALTA PERFORMANCE: em tudo, fazer e pensar o melhor possível. Para a ação, usar os conhecimentos atualizados e, para o pensar, o seletor de pensamentos. Ninguém controla a fonte de pensamentos, mas é possível e desejável alimentar os melhores e deletar os que podem prejudicar outras pessoas e o nosso planeta. Todos querem fazer o melhor, mas nem todos o fazem por não estarem atualizados.

Como diz Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação, educacionista é a pessoa que acredita na educação como um dos pilares da recuperação do Brasil. Todos os professores poderiam nestas férias despertar o educacionismo profundamente adormecido dentro de si, ou até mesmo recuperá-lo do coma que entrou por tanto descaso que sofreu.

As férias são das aulas, mas a mente e o corpo não devem parar de aprender e de se movimentar nunca.

Texto extraído do site:


terça-feira, 20 de julho de 2010

A respeito dos amigos




É fácil conquistar amigos. Basta uma tarde tranquila em local aprazível, na natureza, para se dispor à troca de gentilezas e a um bate papo amistoso. Trocam-se endereços, números de telefones, marcam-se outros encontros.

Programam-se idas ao teatro, um passeio mais demorado no final de semana com as crianças que, afinal, têm idades próximas.

É fácil iniciar novas amizades. Basta um pouco de gentileza e um sorriso, um aperto de mão, a quebra do gelo.

Todavia, manter as amizades é um grande desafio.

À medida que passamos a nos conhecer melhor uns aos outros, começamos a perceber defeitos, fragilidades de comportamento. Horas a mais ao lado e descobrimos que o outro não é exatamente aquilo que dele pensamos no primeiro momento, nos primeiros contatos.

E, no entanto, os amigos são joias delicadas. Quanto mais velhos, mais preciosos. Por vezes, substituímos os velhos por novos amigos.

Afinal, é comum os mais velhos se fazerem saudosistas e se tornarem cansativos.

Ser gentil com os amigos idosos é questão de sabedoria porque, se a morte não nos colher antes, também envelheceremos e seremos como eles. Saudosos e desejando ardentemente não ficarmos sós.

Um amigo idoso é peça de alta tradição e deve ser conservado. Mesmo porque juntos enfrentamos tantas adversidades e percalços.

No trato com os amigos, importante que não cedamos à tentação de retalhar a vida alheia com o punhal da crítica contínua e da ironia, porque eles pensarão que fazemos o mesmo em relação a eles, quando não estamos juntos. E não deixam de ter razão.

Não sejamos pessimistas, semeando desesperança e aumentando ainda mais a dureza da vida dos nossos amigos.

Se for preciso falar a respeito do mal, não nos tornemos maus nos comentários.

Tornemo-nos um porto onde a alegria distribua consolação. Valorizemos o sorriso sem nos tornarmos artificiais.

Sejamos um campo onde as flores da esperança estejam presentes para espantar o desânimo e o desencanto dos nossos amigos.

Ninguém vive sem amigos. Eles são como anjos nos caminhos dos homens.

Mesmo Jesus, o Mestre Divino, não deixou de ter amigos. Para o Seu ministério destacou doze companheiros e lhes ensinou as lições mais profundas do que Ele sabia e vinha de Deus.

Abandonado à hora do martírio por eles, não deixou de aceitar o auxílio de um Cireneu, que se fez amigo naquela hora, ajudando-O a carregar o peso do madeiro.

À hora dos sofrimentos mais intensos, na cruz, aceitou no ladrão que Lhe pediu auxílio, o amigo retardatário que se candidatava ali mesmo, a marchar com Ele, em busca do Reino de Deus.

Os amigos são abençoadas flores da fraternidade.

Alguns são discretos e exalam seu perfume nas horas caladas das noites sofridas.

Outros, mais extrovertidos, deixam escapar o perfume das suas presenças nas horas das alegrias e da descontração, nas tardes cheias de sol.

Uns nos estendem as mãos e nos enxugam as lágrimas. Outros nos ofertam os ombros fortes para que nos apoiemos, a fim de não sucumbir na caminhada.

Amigos. Presença de Deus materializada na Terra, bálsamo de paz que nos alivia as feridas abertas dos sentimentos dilacerados pelas dificuldades.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 32, do livro Legado Kardequiano, pelo Espírito Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Crianças do Século XXI




As crianças de hoje surpreendem pela sua incrível capacidade de lidar com engenhocas tecnológicas. Assustam adultos de mais de trinta anos que sentem algum desconforto frente ao computador, a botões e máquinas eletrônicas sofisticadas.

Os garotos da atualidade assistem em tempo real ao que ocorre em locais distantes de onde se encontram e estão habituados a conquistas científicas.

Tudo isso leva pais a se considerarem ultrapassados, endeusando os filhos ou considerando-os verdadeiros gênios.

Por mais que ajam com certa autonomia, as crianças de hoje, como as de ontem, têm necessidade dos adultos para lhes dizer o que fazer e o que não fazer.

Os pequenos gênios fazem birra, esperneiam e até fazem greve para conseguirem o que desejam.

Precisam de um basta que interrompa sua diversão com o game quando a hora é a da refeição, do banho ou da escola.

Necessitam receber não para regular a sua rotina e sua saúde.

Precisam de disciplina. E disciplina se faz com limites.

É um erro tratar as crianças simplesmente como cérebros ansiosos por mais e mais conhecimentos.

Elas necessitam de experiências afetivas, motivo pelo qual não podem dispensar as brincadeiras com outras crianças.

Assim como elas precisam da imposição dos limites pelos adultos, necessitam dos conflitos com seus amiguinhos para aprenderem a se relacionar com pessoas e coisas.

O mundo necessita de homens capazes de amar, de respeitar o semelhante, de reconhecer as diferenças, de pensar, muito mais do que de gênios sem moral, frios e calculistas.

A ciência, sem sentimento, tem causado males e tragédias.

Preocupemo-nos, pois, em atender a busca afetiva dos nossos filhos. Permitamos que eles convivam com outras crianças, que criem brincadeiras, usando a sua criatividade.

Busquemos ensinar-lhes, através da experiência diária, os benefícios do afeto verdadeiro, abraçando-os, beijando-os, valorizando seus pequenos gestos, ouvindo-os com atenção.

A criança aprende o que vivencia. O lar é a primeira e fundamental escola. É nele que se forma o homem de bem que ampliará os horizontes do amor, nos dias futuros. Ou o tirano genioso que pensa que o mundo deve girar ao seu redor e somente por sua causa.

Mesmo a criança considerada um gênio precisa de cuidados elementares para crescer emocionalmente.

Para se tornar, de fato, uma pessoa com capacidade de criar, produzir e desfrutar junto com os outros, a criança precisa de afeto.

As crianças de hoje não amadurecem emocionalmente mais rápido do que as de antigamente.

Elas continuam a ter medo do desconhecido, a se alegrarem com pequenas coisas, a se sentirem infinitamente tristes pela perda de um animal de estimação.

São todas experiências importantes para a formação e o aprendizado emocional do ser humano, devendo ser valorizadas em todos os seus detalhes.


Redação do Momento Espírita com base em artigo intitulado Cérebros e corações para o Século XXI, do jornal Gazeta do povo de 2 de janeiro de 1999.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Férias é tempo de brincar e aprender




Amanda Miranda

Dona Claudete Silva observa de perto a criançada jogando bola no pátio de casa, no Morro do Amaral, uma ilha na baía da Babitonga, na área rural de Joinville. O chão é de terra batida, mas o cuidado em mantê-lo sempre em ordem tem uma justificativa. Ainda mais a partir de hoje, quando começam as férias escolares.

— A gente já foi criança um dia, né? Sabemos como é. Precisam de espaço para brincar.

Mesmo reconhecendo que as brincadeiras de hoje são bem diferentes daquelas da sua época, ela incentiva os netos a evitarem o quarto como refúgio.

— Só em dia de chuva —, diz.

Por causa disso, a casa de dona Claudete parece ter saído de uma caixa de memórias. Tatiane de Oliveira Silva, de sete anos, lidera a partida de futebol da turma, mas também não perde a chance de soltar pipa e jogar peão.

De pés no chão, ela e os amiguinhos vivem uma realidade bem diferente da que existe nos grandes centros urbanos, movidos pela insegurança.

— Dá gosto de ver a criançada brincando como a gente brincava —, diz a saudosa Claudete.

A cerca de oito quilômetros dali, no bairro Petrópolis, Nicolas Cardoso Lauxen, de nove anos, prefere se divertir de outra forma. Ele é fã de jogos eletrônicos e de computador. Passa horas fazendo pesquisas e se divertindo no mundo virtual.

No video game, gosta dos jogos de futebol e tenta executar, em campo, as estratégias dos times vencedores. Mas também não dispensa um bate-bola no mundo real.

Na teoria, qualquer um poderia pensar que Nicolas e Tatiane vivem em mundos diferentes. Mas, na prática, eles são apenas crianças que gostam de brincar, em uma infância modificada pela modernidade.

— A infância não tem mais uma formatação. Temos diversos tipos. O que vai fazer a distinção entre uma e outra é o meio em que a criança vivem —, observa a professora e pesquisadora em cultura infantil, Sônia Regina Pereira.

Em cenários tão diferentes, algumas brincadeiras são imortais. A pequena Júlia Aparecida Ramos, por exemplo, gosta de brincar de casinha e de boneca. Passa horas alisando a “filhinha”, que embala com todo o cuidado do mundo. O passatempo também foi uma realidade na vida da mãe, Jucélia Miranda, e possivelmente vai sobreviver a muitas gerações.

O fenômeno pode não ter apenas uma explicação, mas a forma como a criança brasileira se distrai foi destrinchada com números na pesquisa “A Descoberta do Brincar”, publicada no Brasil em 2007.

O quintal de casa e o quarto são apontados como os lugares preferidos nos momentos de lazer. Já como instrumentos, a TV e o DVD lideram em disparada as estatísticas, embora a bolinha de gude e as cantigas de roda sobrevivam, assim como as bonecas.
De acordo com Sônia, qualquer brincadeira que trabalhe com o imaginário e com o movimento vai contribuir com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança.

— Os pais devem saber que brincadeira é um momento de aprendizagem. As experiências geradas dessa forma incidem profundamente no desenvolvimento infantil, tanto de forma externa, quanto de forma interna —, destaca.

Texto extraído do site:

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pensamentos...




A franqueza não consiste em dizer tudo o que se pensa, mas em pensar em tudo o que se diz.
Victor Hugo

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Novas posturas, para as velhas relações, com os filhos e com a Escola




Thereza Bordoni

Nossa sociedade mudou, temos uma inversão de papeis e valores, mais informação do que podemos absorver, a mulher trabalha fora, o avanço tecnológico foi grande, a família mudou, a criança mudou, o aluno e a escola também mudaram....Tanta mudança gera confusão e expectativas.

Buscando proteger os filhos das mudanças, os pais estão oferecendo proteção excessiva, ao invés de desenvolver as capacidades dos filhos para que eles vençam na sociedade. A família está perdida e acaba achando que a escola é que tem que educar seus filhos. A família é responsável pela educação e a escola, pela formação de habilidades para competências na vida adulta.

Neste contexto, o melhor que podemos fazer por nossos filhos é sermos consistentes na sua formação desde bem pequenos, a frustração, o não dito com firmeza, as tarefas diárias, o dinheiro regulado, o tempo bem distribuído, entre outros limites, favorecem a conscientização cidadã. Mas, nada disto terá qualquer significado se não for mediado pelo exemplo dos adultos; nossos filhos são frutos do meio, porém é na relação familiar que os verdadeiros valores se formam e se consolidam. De nada adianta os pais darem limites, como assistir à tevê só em determinadas horas, proibir certos tipos de música, cobrar respeito ao próximo, exigir que não falem palavrão, se eles burlam as leis e os valores morais e adotam a postura: "faça o que eu falo, mais não faça o que eu faço". Suas atitudes valem mais que mil palavras. Busque ações simples e concretas que possam ajudar seu filho a assumir responsabilidades de forma coesa e correta, como por exemplo: peça a seu filho, principalmente os menores, para que o ajude com os afazeres (guardar os brinquedos, limpar a mesa ou guardar a roupa limpa), comente com eles os programas e musicas atuais, coloque-o a par da realidade financeira da família. A criança que aprende ter responsabilidades desde de pequena, sai melhor na escola e na vida!

Lembre-se: "a palavra convence, o exemplo arrasta". Seja um modelo a ser seguido, que lê, acha a aprendizagem emocionante, gosta de resolver problemas, tentar coisas novas e que respeita a si mesmo, o outro e as regras da sociedade.

Criança vê...criança faz...

sábado, 10 de julho de 2010

Compartilhar tempo com os filhos garante a saúde na idade adulta



Pais e cuidadores são imprescindíveis para a manutenção da saúde infantil, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades que serão usadas no decorrer da vida adulta e transmitindo valores culturais. Esses indivíduos oferecem aos seus filhos amor, aceitação, apreço, encorajamento e indicam caminhos e meios de solucionar problemas que eles enfrentarão na vida.

A partir de um contexto protetivo, essas crianças podem desenvolver suas personalidades e identidades além de amadurecer física, cognitiva, emocional e socialmente.

Do berço às brincadeiras

As necessidades dos bebês são, normalmente, respondidas rapidamente e sem questionamentos. É dessa maneira que eles compreendem os laços afetivos que estão sendo construídos. Esses laços são necessários para uma relação saudável entre pais e filhos e essas relações se estenderão mais tarde para os irmãos, primos, parentes e amigos.

Quando as crianças se sentem ligadas aos seus pais ou cuidadores, elas aprendem a confiar no mundo externo e se sentem bem-vindas às situações onde há outras pessoas. Isso faz que eles explorem e interajam melhor com o ambiente. Essa é a base para o desenvolvimento social e cognitivo.

Boas relações entre pais e filhos garantem que essas crianças sejam mais comunicativas e abertas ao diálogo, entendam melhor os limites impostos e compreendam as regras de comportamento social. Além disso, comprovam diversos estudos, esses pequenos indivíduos têm maior autoestima, melhores rendimentos escolares e menor incidência de problemas como a depressão e o uso de drogas na adolescência.

Conviver com as diferenças culturais de gerações diferentes também ajuda a fortalecer atitudes assertivas, construir valores sólidos e aprender a conviver com a pluralidade.

Adolescência

O polvo não é torcedor




O maior sucesso desta última semana de Copa do Mundo é o polvo vidente. Num aquário alemão, este cidadão inglês até agora acertou todos os resultados dos jogos, mesmo que eles fossem desfavoráveis aos dois países pelos quais ele poderia torcer.

Ainda falta o resultado da final, mas, se ele acertar tudo, vai ficar definitivamente provado: esse polvo não é torcedor. É puro pensamento, e por isso acerta sempre. Se uma daquelas bandeirinhas que enfeitam o aquário fizesse o coração desse polvo bater mais forte, ele erraria na certa!

Os acertos do polvo alemão chamam a atenção para uma das questões mais complicadas do universo astrológico: as previsões e as expectativas que se criam em torno delas.

Na área do pensamento puro, dois mais dois vai ser sempre quatro. Mas, quando a emoção e a sua filha predileta (a imaginação) entram em cena, a soma pode dar seis, ou três, ou mil.

Quando alguém procura um astrólogo, quer, antes de qualquer coisa, previsões. O desejo de prever o futuro está presente em toda a história da humanidade. Um desejo legítimo, que a astrologia teria obrigação de atender.

Se o movimento dos astros é previsível, os fatos que eles determinam também deveriam ser. Os fatos? É aí que a porca torce o rabo. A astrologia não prevê fatos, prevê a qualidade do tempo.

Quando, num mapa astral, aparecem os chamados “bons trânsitos”, tanto os astrólogos como os seus clientes são levados a acreditar que “só vai acontecer coisa boa”. Mas “coisa boa” é, na verdade, um disfarce para “aquilo que eu quero que aconteça”. Para quem está apaixonado, coisa boa é ser amado de volta. Para quem tem menos dinheiro do que gostaria, coisa boa é um bom contrato, ou um prêmio de loteria. Para quem torce por um time, é ele ser campeão.

Contudo, o sentido de “bom” do céu nem sempre coincide com o nosso “bom”. “Bom” pra quem é humano quer dizer “agradável, prazeroso”. “Bom” para o céu quer dizer simplesmente que, seja lá o que for que a vida vá trazer, a pessoa vai ser capaz de lidar bem com a situação. Ou seja, os bons trânsitos astrológicos falam de uma coisa que os filósofos chamam de “bem”.

Se Júpiter, o mais benéfico de todos os planetas, vai se encontrar com um planeta importante, como o Sol e a Lua de um mapa astral, é perfeitamente legítimo afirmar que ela vai ficar “bem”, mas não que vai acontecer aquilo que ela quer tanto que aconteça.

Às vezes, o céu nos oferece presentes surpreendentes. Quem esperava amor recebe dinheiro, quem esperava dinheiro recebe felicidade...

Voltando ao polvo e à Copa do Mundo, tudo isso é apenas o reconhecimento de que uma astróloga, incorrigivelmente torcedora, acreditou que, se o mapa astral do Dunga estava bom durante e depois da Copa, estava claro que o Brasil ia ser hexacampeão.

Doce ilusão. O céu era do Dunga, e não nosso. Só o que ele dizia é que, mesmo derrotado, demitido, desacreditado, o cabeça-dura do nosso ex-treinador saiu dessa copa contente consigo mesmo, convicto de que fez tudo certo.

Bom para ele, e bom para quem torceu junto. Porque quem se iludiu e acreditou numa vitória que não veio torceu com mais alegria e se divertiu muito mais. Pelos menos até o primeiro gol da Holanda...

Monica Horta é jornalista e astróloga

Texto extraído do site:
http://delas.ig.com.br/

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Obesidade Infantil — O que fazer?



Os dados impressionaram: segundo o IBGE, número de crianças e adolecentes acima do peso aumentou 35% nos últimos 30 anos. E de acordo com a sociedade de pediatria de São Paulo, cerca de 10% das crianças têm obesidade infantil.

Não é raro econtrar crianças e adolecentes com taxas altas de colesterol e até hipertenção. Estes dados são preocupantes porque a obesidade está diretamente ligadas a várias doenças, especialmente as cardiovasculares. Além disso, crianças obesas tendem a se tornar adultos obesos.

Pediatras e pesquisadores concordam que a obesidade infantil é resultado de fatores que, na grande maioria dos casos, aparecem junto: tendência genética, má alimentação e sedentarismo.

Em relação á carga genética não há o que fazer. Mas os maus hábitos alimentares e a vida sedentária são fatores recentes, que infelismente ganham força nas últimas décadas por causa de grandes mudanças sociais.

Veja um exemplo: as brincadeiras de rua, que exigiam esforço físico e gastos de energia, são raras atualmente. Por uma série de motivos, não é mais comum ver uma criança pedalando no bairro, ao menos nas grandes cidades.

Esta atividades saudáveis foram substituidas pelo vídeogame, pela tv e pela internet, que não exigem esforço físico. Outro exemplo: a alimentação dos brasileiros vem mudando nos últimos anos. O clássico – e saudável – arroz com feijão está perdendo espaço para os alimentos industrializados. Resultado? Obesidade.

Obesidade Infantil — O que fazer?

Sobrepeso e obesidade são resultados de uma equação simples, em notas as idades: quando consumimos mais calorias do que gostamos, engordamos.

O contrário também é verdadeiro: para perder peso é preciso gastar mais energia do que as calorias ingeridas.

Diante disso, a solução para a obesidade parece óbvia: fazer regime e praticar exercícios. Mas quando falamos de criança, as coisas não são tão simples.

Na infância, as necessidades nutricionais são diferentes e somente um médico ou nutricionista pode indicar uma dieta que não comprometa a saúde e o crescimento.

Outra questão importante é o lado emocional. Não é sensato esperar de uma criança a conscentização rápida e total sobre os perigos da obesidade. É preciso lembrar que ela ainda está se desenvolvendo emocionalmente e que a abordagem deve ser amorosa e repleta de compreensão.

Estimular a prática de exercícios é mais fácil, porque pode ser muito divertida. Descobrir algumas atividades simples e gostosas, como andar de bicicleta, é um dos caminhos para acabar com este grande problema de saúde púlblica.



Fonte: Mulher Beleza

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Brasil perdeu. E agora?



Não é fácil nem para adultos aceitarem uma derrota, imagine para as crianças. Mas é nesse momento que você pode ensinar o seu filho a lidar com sentimentos como tristeza e frustração

Seu filho estava todo empolgado com o dia do jogo do Brasil. Mal acordou e já vestiu a camisa, bandeira na mão e uma cornetinha para comemorar o gol. Assim que os jogadores entraram em campo, ele correu para frente da televisão e não quis perder nenhum lance. A expectativa foi grande, mas as coisas não foram bem dentro de campo, e o time adversário venceu o jogo. Nesse momento, a tristeza e a frustração são inevitáveis. Mas, ao contrário do que parece, esses sentimentos são positivos, sim, e auxiliam no desenvolvimento psicológico das crianças.

“Existe uma tendência de poupar as crianças em situações frustrantes, e isso só atrapalha o desenvolvimento”, diz Rita Calegari, psicóloga do hospital São Camilo. Portanto, aproveite o momento da derrota do time e converse bastante com ele e acalme-o se ele chorar. Explique que esse sentimento de tristeza é natural e passageiro, e faz parte. Vale até falar sobre como os próprios jogadores em campo encaram a situação. “Um atleta não deixa de jogar após tomar o gol, ele tem de continuar em campo enfrentando o adversário. E na vida é a mesma coisa”, diz Rita.

Mas atenção. Não vá transformar esse momento de diversão ao assistir um jogo em família em uma aula de bons valores. "Não precisa ficar tentando explicar tudo à criança antes para amenizar o impacto da derrota. Deixe que seu filho tome a iniciativa e faça perguntas se ele quiser", afirma a psicóloga.


Texto extraído do site: