Por Heloísa Miguens de Araújo
GAGUEIRA NA CRIANÇA
A gagueira significa muitas coisas:
- insuficiência linguística (criança com mais de 4 anos);
- ansiedade na comunicação;
- falta de organização motora da fala.
O que é importante é não fixar a gagueira:
- evitar observações que deem ênfase ao gaguejar;
- atitude de espanto do interlocutor (fixando: tem uma coisa errada aqui!);
- evitar que a criança se exponha mais naqueles dias ou momentos em que ela está gaguejando mais.
O que ajuda:
- dar o exemplo de falar com tranquilidade, pai ou mãe ou professor falando devagar;
- contar histórias para a criança, desenvolvendo vocabulário e o modelo de fala (repetir a mesma história muitas vezes, a criança mesmo vai pedir a mesma história, repetindo e fixando palavras, expressões, idéias, pensamentos, etc.;
- pedir a criança que conte as histórias que ouviu, relate casos ou acontecimentos;
- elogiar a criança quando se expressa bem, reforçando a fluência.
Em caso de persistência, procure um fonoaudiólogo.
GAGUEIRA NO ADULTO
Falar é um ato, uma ação. Uma forma de expressão oral ou verbal.
É um comportamento que depende de muitos fatores, como integridade dos órgão da fala, desejo ou necessidade de se comunicar, conhecimento da língua.
Há tantos modos diferentes de falar quanto a imensa variedade do ser humano. Falar é uma aprendizagem, uma ação que se aprende e se desenvolve pela vida a fora.
Gaguejar é um comportamento particular de falar, que o indivíduo desenvolve, com uma grande variável de características, tensão muscular, tensão respiratória, repetição de fonemas, alongamento de fonemas, repetição de palavras, movimentos "auxiliares" de rosto, ou de braços ou qualquer parte do corpo; movimento de fuga dos olhos e outras tantas formas diferentes quantas forem as pessoas que gaguejam.
É natural em qualquer pessoa, em algum momento, hesitar ao falar, retroceder na formulação da frase ou do pensamento; a insegurança em algumas vezes se reflete na forma de falar, assim como a raiva, o amor ou qualquer sentimento.
É natural a pessoa gaguejar em alguns momentos. A frequência que possa ocorrer nessas hesitações, repetições, fugas é que faz a diferença.
Assim como a pessoa desenvolve a fala, também desenvolve o gaguejar. O gago vai "aprimorando" esse comportamento, sem o saber, porque com o tempo vai adicionando outros componentes a sua forma de falar, como tensão de alguma parte do corpo, movimento de piscar de olhos, etc.
Muitas vezes passa a fugir de determinadas palavras, ou situações, chegando até a afetar a sua auto-estima.
É necessária uma conscientização ou seja um levantamento minucioso da sua forma de falar, os aspectos envolvidos, posterior dessensibilização dos maus hábitos e paralelamente o estudo ou a observação dos bons padrões de fala, modelando e treinando os diferentes aspectos envolvidos.
5 comentários:
Meu Deus! Como a pedagogia nos embasa para vida, né?
Eu, particularmente, cresci tanto na vida, principalmente como mãe pela pedagogia!
Bj
Muito bom o seu post, muito bom mesmo, parabéns!
Beijo, beijo!
She
.
De certa forma eu assisti a
uma aula de comportamento.
Não só por isso, mas estou
seguindo o seu BLOG.
Eu ficaria muito mais honrado
se você seguisse o meu...
silvioafonso.
.
.
Eu não fecho a lousa se tu não
apagares a porta.
Assim diria o poeta que, comovido,
chegasse a este blog, onde eu faço
as minhas declarações e ele tiraria
suas inspirações.
silvioafonso.
.
Heloísa,
A ciência já conhece uma das causas da gagueira: http://www.youtube.com/watch?v=mcNzthCBhv4
Como você pode ver no vídeo, ela não é fruto de "maus hábitos" e não é um comportamento que a pessoa "desenvolve" ou "aprimora".
Veja o vídeo e comprove. E, por favor, seja democrática, não apague meu comentário.
Abraços,
Luíza
Postar um comentário
Que bom que você veio escrever na lousa de comentários.
Obrigada!