terça-feira, 1 de junho de 2010

Tipos de pais e a comunicação




Pablo Zevallos

Conhecendo o perfil de cada pai e mãe. Em função das palavras que dirigimos às crianças, podemos comunicar uma atitude de cumplicidade, ou pelo contrário, de ignorância e desatenção.

Segundo analisa o psicólogo K. Steede, no seu livro: “Os dez erros mais comuns dos pais e como evitá-los”, existe uma tipologia de pais baseada nas respostas que oferecem aos seus filhos, e que geram as chamadas conversas fechadas, aquelas em que não há lugar para a expressão de sentimentos, ou em havendo, estes sejam negados ou deem pouco valor.

Os pais autoritários
Temem perder o controle da situação e utilizam-se de ordens, gritos ou ameaças para obrigar a criança a fazer algo. Levam muito pouco em conta as necessidades da criança.

Os pais que fazem sentir culpa
Pais interessados (consciente ou inconscientemente) em que seu filho saiba que são mais preparados e com mais experiência, utilizam a linguagem negativa, dando menos valor às ações ou atitudes dos filhos. Comentários do tipo “não corra, que você vai cair”, “tá vendo, eu te disse que esse armário era muito alto e você ia cair”, ou “você é um bagunceiro incorrigível”. São frases aparentemente neutras que todos os pais usamos algumas vez.

Os pais que tiram a importância das coisas
É fácil cair no hábito de dar menos importância aos problemas dos nossos filhos, sobretudo se realmente pensamos que seus problemas são pouca coisa, em comparação aos nossos. Comentários do tipo: “Ora, não se preocupe, com certeza amanhã vocês voltam a ser amigas!”, “não precisa tanta preocupação, com certeza você será aprovado, pois se preparou a semana toda”, pretendem tranquilizar imediatamente a criança ou ao jovem que está em meio a um conflito. Mas o resultado é uma rejeição quase imediata de um adulto que se mostra pouco ou nada receptivo a escutar.

Os pais que dão conferências (sermões)
A palavra mais usada pelos pais em situações de “conferência ou sermão” é: deveria. São as típicas respostas que pretendem ensinar ao filho com base na nossa própria experiência, desdenhando sua caminhada diária e suas quedas.

Por último, devemos mencionar a quantidade de situações em que a comunicação é sinônimo de silêncio (ainda que pareça paradoxal). Na vida de um filho, como na de qualquer pessoa, existem ocasiões em que a relação mais adequada é a companhia, o apoio silencioso. Diante de um sermão do pai, é preferível, às vezes, um tapinha nas costas carregado de cumplicidade e afeto, uma atitude que demonstre disponibilidade e respeito pela dor ou sentimento negativo que sente o outro.

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